Quase todo mundo que ouve falar pela primeira vez da EFT, fica um pouco cético. Talvez isso se refira a você também. Isso porque, além de parecer uma prática um tanto bizarra, a EFT trabalha invocando o cérebro e sua parte inconsciente.
Já entramos na segunda década do século 21 e, mesmo com todo o conhecimento da neuroanatomia e neurofisiologia, a verdade é que a ciência mal está começando a compreender a complexidade do aspecto físico do cérebro. Isso para não dizer do pouco que sabemos sobre como a mente e as emoções nos influenciam.
A imprensa sempre divulga novas descobertas científicas a respeito do estudo do cérebro. Com respeito a todo o avanço em tantas áreas da ciência, é um fato que o cérebro humano ainda permanece um grande mistério. Muitas partes do cérebro não têm uma função comprovada e muitas funções cerebrais não estão associadas com nenhuma parte conhecida do cérebro.
Não seria surpresa entender que muitas das funções e emoções normais do cérebro não são plenamente conhecidas ou mapeadas no cérebro, isso para não mencionar funções cerebrais e emoções fortes e estressantes.
A falta de conhecimento científico é um fato, não só para o público leigo como também para a comunidade acadêmica. Há muito ainda para se aprender sobre o que acontece em nossa cabeça. Lógico, pelo simples fato de que o cérebro é muito complicado!
Da mesma forma, não seria de grande surpresa saber que ainda não existem muitas evidências ou conhecimento científico sólido sobre temas tão interessantes como a Técnica da Libertação Emocional, EFT.
Não se sabe exatamente como e porquê a EFT consegue tantos bons resultados. Se considerarmos que a EFT, como parte da psicologia energética, é uma técnica relativamente nova, é aceitável o fato de que ainda não existe uma compreensão completa sobre como essa técnica tão simples pode ser tão benéfica. À medida que a EFT evolui, existe cada vez mais aceitação e compreensão sobre o tema.
Mas o desenvolvimento científico e suas pesquisas comprovadas sempre levam um tempo maior. Isso não quer dizer que a EFT não tenha uma base científica ou de que haja algo errado com ela. Quer dizer apenas que a EFT envolve uma função muito complexa em uma parte muito complexa do corpo.
A ciência da EFT mal começa a se desenvolver, e todos nós concordamos sobre a complexidade da anatomia e funções do cérebro. Uma vez que a EFT existe apenas a partir da década de noventa, não é de se espantar que ela esteja sendo estudada seriamente só agora.
Também, é notório que não há interesse da indústria farmacêutica e hospitalar em incentivar tais pesquisas. A EFT pode ser auto-aplicada sem que se tenha qualquer treinamento médico. Portanto, não há muito estímulo em levar a EFT para o campo da medicina, e muito menos interesse em investigá-la.
Estudos mostram que uma grande percentagem, mais de oitenta por cento, de todas as doenças tem uma causa emocional. A saúde física está profundamente relacionada com a expressão das experiências emocionais e mentais em nossas vidas. Por essa razão, a EFT é vista como uma técnica de controle não só da saúde emocional, mas também, a longo prazo, da saúde física.
Nos últimos anos, a EFT tem sido objeto de estudo em algumas publicações científicas. O primeiro estudo publicado, do Journal of Clinical Psychology envolvia 35 pacientes, todos com fobia a pequenos animais. Todas essas pessoas receberam uma sessão de EFT para essa fobia. A pesquisa concluiu que o resultado era “bastante consistente” com a propaganda de que a EFT pode reduzir fobias de pequenos animais, mesmo que fosse com apenas uma sessão de aplicação.
Um segundo estudo, uma investigação do The Scientific Review of Mental Health Practice, foi conduzido com 119 estudantes universitários que se diziam com fobias. Nesse estudo havia quatro grupos: 1. Um grupo recebeu uma única aplicação de EFT; 2. Um grupo recebeu uma aplicação semelhante, só que batiam em certos pontos que não fazem parte do protocolo padrão da EFT; 3. Um grupo recebeu o mesmo tratamento da EFT, mas ao invés de baterem em seus pontos do corpo, bateram em pontos equivalentes em bonecas; e, por fim, 4. Um grupo apenas fez uma aplicação de brincadeira.
Os primeiros três grupos tiveram resultados bem melhores que o quarto, o que não é de se surpreender. No entanto, é interessante notar que não houve diferenças significativas entre os três primeiros grupos. Os grupos que bateram em pontos aleatórios, diferentes do protocolo da EFT, e que bateram em certos pontos de uma boneca fizeram tão bem quanto o grupo que bateu nos pontos certos da EFT.
Não se sabe exatamente porque a EFT funciona. Pode-se dizer que ela funciona por usar as batidas nos pontos energéticos dos meridianos como usado na acupuntura. Mas a intenção mental e a mentalização em pensamentos específicos também exercem resultados, como evidenciados nos grupos 2 e 3. A EFT inclui essas práticas. É a exposição ao trauma e a auto-aceitação.
Por fim, há um terceiro estudo, publicado no Counseling and Clinical Psychology. Foi feito um teste com 102 participantes de um grupo de workshop sobre a EFT para avaliar os seus níveis de estresse assim como as conseqüências a longo prazo depois do tratamento. O teste foi feito antes do workshop, assim como imediatamente depois e também um mês e seis meses após o workshop.
Esse estudo mostrou uma diminuição significativa em todos os níveis emocionais e psicológicos logo após o tratamento durante o workshop. Essa diferença continuou durante todos os seis meses do teste. Tudo isso mostra que a EFT produziu resultados positivos, sem que houvesse uma contra-indicação.
Apesar de poucos, esses estudos sobre a EFT influenciar as emoções parecem ser positivos. Nesse sentido, podemos dizer que aparentemente a EFT produz, sim, resultados positivos.
Enquanto isso, milhares de pessoas estão descobrindo a cada dia os benefícios especiais da EFT. Elas estão aprendendo por suas próprias experiências que a EFT de fato funciona.
O maior estudo até hoje para investigar os resultados terapêuticos da energia psicológica (a EFT está incluída nesse campo) foi pelo Dr. Andrade. Ele investigou 31.400 pacientes durante o período de quatorze anos em várias clínicas do Uruguai, Argentina e Estados Unidos. Como conhecedor profundo da prática da acupuntura tradicional, o Dr. Andrade ficou impressionado com a proposta da energia ou acupuntura psicológica, que não necessita do uso de agulhas.
Em um acompanhamento de até doze meses após o tratamento, os pacientes que foram tratados com energia e uso das batidas nos meridianos tiveram um resultado muito melhor do que os pacientes que foram tratados com medicação ou terapias tradicionais. De 5.000 pacientes que sofriam de ansiedade, 90% deles disseram ter tido melhora e 76% a eliminação total dos sintomas.
Também na mesma pesquisa, agora para comparar a rapidez do processo, enquanto que a média de sessões para resolver problemas de ansiedade em um tratamento convencional foi de 15, com a energia psicológica a média caiu para três .
Se os próximos estudos corroborarem esses mesmos resultados, em breve a EFT e terapias semelhantes no campo da psicologia energética farão parte do dia a dia de todas as pessoas.
Fonte: David Feinstein, PhD e Dr.Theodore R. Herazy