Talvez o maior problema em relação à síndrome do pânico é que de modo geral as pessoas antecipam o medo do que pode acontecer. Muitas vezes a causa do medo não tem fundamento, é algo irracional. No entanto, por mais ilógico que possa parecer, não temos controle para evitá-lo.
Muitas vezes o pânico pode ser duradouro, enquanto que em outros casos ele só é despertado mediante algum estímulo externo. Em ambos os casos, não conseguimos lidar com ele, o que dizer de ter forças para resolvê-lo.
O primeiro passo a tomar é identificar o objeto da fobia. Pode ser o pânico de falar em público, andar de avião, ver uma cobra ou simplesmente passear pela rua.
Isso porque alguma coisa desagradável e traumática deve ter acontecido em alguma situação específica do passado. Depois, sempre quando estivermos em alguma situação semelhante, iremos experimentar uma ansiedade igual. Provavelmente foi um momento de perigo, e o corpo e seus hormônios responderam se contraindo, cheios de adrenalina. Nosso instinto é de defesa, de sair correndo do perigo. Aí toda vez que passarmos no mesmo lugar da experiência anterior, ou cheirarmos aroma semelhante ou qualquer outro fator que nos remeta ao incidente passado, teremos a mesma reação de defesa. Mesmo que não haja mais perigo desta vez.
Ao tratarmos o pânico com a EFT, teremos uma resposta muita rápida. A idéia é tirar o peso emocional do evento. A EFT desvenda os medos irreais e faz com que tenhamos mais confiança no futuro.
Na síndrome do pânico, sentimos que nossa sobrevivência está em perigo. Em grande parte, temos um ataque de pânico e não sabemos porque algumas pessoas chegam até a ir para o hospital, achando que estão tendo um ataque do coração. Na verdade, o problema físico em si não existe, mas está no cérebro. Temos que tirar camada por camada do problema para descobrir qual o ponto central.
Vale novamente ressaltar que todo problema que causa pânico tem uma ligação com algum trauma passado, seja grande ou pequeno. Mas o mais interessante é saber que o próprio corpo tem capacidade de se curar por si próprio. Os traumas também são curados, muitas vezes apenas pela ação do tempo.
Em casos mais sérios há um grande desequilíbrio no sistema energético do corpo. Mesmo racionalmente podemos saber que está tudo bem, que o perigo já passou e que estamos seguros. Mas o lado direito do cérebro ainda guarda a lembrança e acha que ainda existe o perigo. É um choque no sistema nervoso. A partir daí virão os pesadelos, ansiedade e atitudes disfuncionais. O evento ainda está vivo na memória!
É necessário calibrar o sistema. E a EFT, por exemplo, vai fazer com que o cérebro direito veja o que o lado esquerdo fala, de que está tudo bem. Assim, há um equilíbrio e sentimos que estamos a salvo. É um mecanismo de auto cura. A EFT faz com que os dois hemisférios do corpo se comuniquem novamente. E nossa consciência recebe a mensagem que estamos bem.
Mesmo que um evento possa ter acontecido anos antes, a memória está congelada e ainda não resolvida. E isso cria uma auto-estima baixa, um sentimento de reclusão terrível.
Vamos a um exemplo prático? Digamos que você sinta pânico ao ficar sozinho(a):
Caratê:
Mesmo que eu sinta esse pânico ao estar sozinho(a), sei que estou bem e posso entender que nada de mal vai acontecer.
Mesmo que meu coração esteja palpitando mais rápido, eu me aceito como eu sou, profunda e completamente.
Mesmo que eu sinta esse pânico, sinta medo e ansiedade, ainda assim eu me amo e escolho ficar bem.
Agora a seqüência:
Sobrancelha: eu não sei onde os outros foram.
Lado do olho: sinto-me sozinho(a) e em pânico.
Embaixo do olho: escolho poder içar sozinho(a) e calmo(a).
Embaixo do nariz: e se eu sair na rua sozinho(a)?
Queixo: e se eu sentir medo?
Clavícula: mas o medo é confuso.
Embaixo do braço: pode ser verdadeiro ou falso.
Topo da cabeça: eu sei que não há perigo.
Esse é um exemplo genérico. O ideal é conseguir distinguir todos os diferentes aspectos que irão surgindo e trabalhar em cada um deles. Se a causa raiz é um tema muito pesado, faça a EFT apenas para os sintomas. Caso contrário, busque ajuda de um terapeuta experiente.