Um exercício para melhorar a auto imagem

Todo mundo tem uma ideia de si mesmo. É aquela auto imagem, que vai se formando ao passar dos anos. E assim, tanto em mim quanto em você, cria-se uma ideia do que é esse “eu” e como ele pode conviver no mundo. Muitas vezes você pode se sentir bem e relaxado(a), pois tem uma imagem de si mesmo(a) mais positiva. Assim, você pode se considerar um “cara legal”, “mulher realizada”, “gente boa”, “bem entrosado(a)” ou até um “bon vivant”. Nesses momentos, a vida corre tranquila e o futuro é promissor. Algumas vezes, no entanto, sua autoestima pode estar lá embaixo e sua imagem própria a mais negativa possível. E é aí que mora o problema. Você se vê como uma pessoa “com azar”, “sem a estrela”, “nada boa” ou então “desajustada nesse mundo”. Consegue se identificar com isso às vezes? O interessante é que você não nasceu com essas identificações, nem as positivas e muito menos as negativas. Mas, então, como elas se formaram para criar o que você pode chamar agora de identidade pessoal? É algo que foi sendo imposto em você a partir dos primeiros anos de vida. Podem ter sido certas frases que lhe foram faladas, certos gestos que você viu e certas insinuações que você pegou no ar. Isso moldou e ainda molda a sua identidade. Muitas vezes é benéfico, fazendo você abrir seus horizontes, muitas vezes é demais limitante e negativo. Imagine quantas vezes você ouviu, diretamente, ou mesmo na insinuação, de que você não prestava, ou pelo menos não estava tão digno(a) ou tão bom ou boa quanto seus colegas ou primos ou irmãos? Por questão de sobrevivência, faz-se necessário conviver com esses conceitos incutidos. Não há dificuldade alguma se forem conceitos favoráveis, como quando se ouve ou se sente um apoio ou elogio e quando alguém lhe diz que você é uma boa criança. No entanto, o problema começa quando se ouve e se acredita nos conceitos negativos e limitantes. Onde vai parar a autoestima? Com isso, você se sente indigno(a) e sem capacidade de fazer algo para mudar. Isso começou a crescer na infância, e perdura até hoje. Pior, existe a tendência de pensar que aquilo que aconteceu no passado, irá acontecer sempre no futuro. Portanto, se você cresceu acreditando que não era bom ou boa, então você tem grande chance de ainda acreditar que vai continuar assim no futuro. Está formado aí o ciclo vicioso. Imagine desde criança se vendo como uma pessoa errada, preguiçosa, feia, gorda, magricela, burra, boba! Com certeza você irá crescer ainda acreditando nisso. Mas o interessante é que isso é um conceito, não quer dizer necessariamente que você é assim!   Vamos tentar parar esses conceitos? Segue aqui um breve exercício de EFT para romper esse quadro negativo. Como? Entrando em contato com esse “eu antigo”, ou seja, aquela parte de você que ficou congelada no tempo, acreditando nesses conceitos. O que você mais precisava naquele momento de sua vida era alguém de seu lado para apoiá-lo(a) e ajuda-lo(a) a dar a volta por cima. Como na maioria das vezes não houve ninguém assim, está na hora de você mesmo(a) tomar a iniciativa. Como? Jogando amor e compaixão para esse seu “eu antigo” que tanto precisa e acordando-o dessa grande ilusão. Vamos lá? 1)      Faça uma lista dos conceitos negativos que você possa ter em relação a si próprio(a) 2)      Escolha um deles (depois você pode fazer para os outros também, mas vamos fazer um por um) 3)      Fale em voz alta o conceito que você tem. Por exemplo: “eu sou um bobo”! 4)      Veja na escala de 0 a 10 o quanto você acredita nesse conceito (zero significa que não acredita, e 10 significa que acredita bastante) 5)      E, então, pergunte a si próprio(a) qual a sua idade nesse caso. Muitas vezes você terá claro uma idade anterior, que tenha ficado congelada em seu inconsciente. É a esse seu “eu antigo” que faremos a EFT. Por exemplo, se você diz: “eu sou um bobo”, provavelmente você se transportou a uma idade quando você começou a acreditar nisso. Se não veio idade alguma, não se preocupe. Trabalhe, então, com sua idade atual. 6)      É possível que nesse momento você se lembre de um incidente forte que comprove esse seu conceito. Recomendo então fazer a EFT para essa memória, da maneira tradicional (veja o quanto essa memória pesa em você, e vá fazendo a EFT até que ela fique mais leve). 7)      Voltando ao “eu antigo”: veja como ele está. É bem provável que ele precise de um carinho e atenção especial. Exatamente o que faltou naquele momento, alguém para lhe dar um apoio e dizer que aceitava você do jeito que você é. 8)      Preste bastante atenção na cena: como está essa criança machucada? Imagine-a em sua frente, veja o cenário, as cores, o som, tudo em sua volta. (é importante esses detalhes todos, pois entende-se que essa sua imagem de você mesmo(a) está congelada em uma cena do passado) 9)      Conecte-se com você nessa cena, sinta o que você sentiu naquele momento. 10)   Nessa hora, comece a EFT, de preferência, falando sobre essa criança, com compaixão: Ponto do caratê: “Mesmo que essa criança, que é parte de mim, esteja se sentindo assim… (explique como), eu ainda assim a aceito e aceito o que ela sente” Repita isso três vezes. 11)   Agora, faça as batidas nos pontos, repetindo sempre “ela se sente…” 12)   Faça a EFT até que o peso se vá e os sentimentos ruins fiquem mais leves e que você sinta essa sua criança, ou “eu antigo” ficar mais calma. 13)   Nesse momento, continue a fazer a EFT, dando as batidas, mas desta vez, tentando se conectar com uma fonte de amor e compaixão. Essa fonte pode vir a partir de seu coração e então irradiar todo o seu corpo. Caso não consiga se conectar assim, tente se lembrar de algum momento que você tenha sentido compaixão a alguém ou a algum bicho de estimação. Entre em contato com esse sentimento. 14)   Enquanto for fazendo a EFT, conectado(a) a esse sentimento de compaixão, projete esse fluxo de amor saindo do seu “eu atual” e indo até esse seu “eu antigo”. E com isso, comece a jorrar compaixão nesse “eu antigo”, para sarar as feridas do passado. 15)   Fale a seguinte frase, repetidamente, nos pontos que for batendo: “eu aceito você do jeito que você é, e aceito os seus sentimentos”. 16)   Não tenha pressa. Vá fazendo a EFT até se sentir bem, acolhendo o seu “eu antigo”, aceitando-o. 17)   E então acolha esse “eu antigo” dentro de seu “eu atual”. 18)   Quando ele estiver integrado em você, continue a EFT nos pontos, dizendo: “essa parte de mim agora está totalmente integrada com meu eu atual. Eu aceito isso e uso minha experiência de vida atual para fazer esse eu antigo crescer até a idade atual” 19)   Não tenha pressa, desfrute desse momento. 20)   Quando você se sentir bem, pare a EFT e diga em voz alta aquela mesma afirmação sobre você, que você tinha dito no começo. Veja se tem a mesma vibração e tente ver qual seria o efeito dela agora. 21)   Se ainda houver algum peso, repita todo o procedimento, perguntando qual a idade agora (é provável que aquela cena de certa idade já tenha se aliviado, e agora você se encontre congelado(a) em outra cena mais tarde)   Essa é uma maneira prática e genérica para entrarmos em contato com nosso eu interior ferido. O que mais precisamos é a paz interior. E para se conseguir essa paz, é necessário muita auto compaixão. E para se ter essa compaixão é necessário muita aceitação. Aceitação de quem se é, mesmo que existam tantos conceitos errados e limitantes atrapalhando o caminho. Desejo tudo de bom, e gostaria, se possível, que você deixasse um comentário abaixo, sobre essa sua experiência.
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