A dúvida mais comum de quem ouve falar da EFT pela primeira vez é sobre o fato da EFT focar no negativo. O mais óbvio seria o contrário.
Isso porque achamos comumente que se falarmos frases positivas, vibrando sempre positivamente, estaremos ajudando a resolver o problema. Eu diria que isso não só atrapalha, como também esconde o fato como é.
Na verdade, não falamos o negativo durante o exercício de EFT. Nós apenas falamos aquilo que vibra em nós. E ao falarmos isso durante o tapping, juntamente com a frase de auto-aceitação, o inconsciente começa a entender que havia optado por uma solução errada, e então encontra um novo caminho, dessa vez uma solução mais certa.
O segredo é não esconder o que ocorre por dentro. E se o encararmos assim de frente, conseguimos desarmá-lo. É simples assim.
Pode ser simples, mas não é fácil. Isso porque somos peritos em nos criticar e nos massacrar se algo acontece que julgamos que seja errado. Por isso, há tanta rejeição em encarar e aceitar que algo esteja errado conosco.
E quando falamos isso abertamente na frase da EFT, nossa primeira reação é de que isso só vai alimentar ainda mais o lado negativo.
O importante a entender é que não estamos falando do problema para enfatizá-lo, e sim como parte da frase de reconstrução cognitiva, onde a mensagem clara é: apesar de eu ter esse problema, eu ainda assim me aceito incondicionalmente.
Há dois pontos muito importantes que precisamos entender nessa frase. O primeiro é o citado acima, de que mesmo que possa haver algo de errado comigo, eu me aceito e me amo ainda assim. Essa auto aceitação é importantíssima no trabalho de curar todos os males, seja problema com autoestima, com procrastinação ou até com vícios e mau comportamento.
O segundo ponto que se deve entender é sobre a importância em aceitar o outro lado da moeda. Oras, digamos que eu queira estar feliz e contente. A tendência natural é rejeitar qualquer sentimento de tristeza que eu possa ter.
Porém, tão importante quanto aceitar a felicidade, é aceitar a tristeza também. Ela é o outro lado da moeda, e saber conciliar os dois lados é o verdadeiro equilíbrio, ou como se costuma chamar, o caminho do meio.
Termino aqui citando o famoso psicólogo americano, Carl Rogers, que diz: “Curioso paradoxo. Quando eu me aceito como sou, então posso mudar!”